quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Mickey Rourke entrega sua melhor atuação em O Lutador (2008)


O ano de 2008 foi sem duvida o ano da volta por cima para este blogueiro e para alguns atores que andavam meio esquecidos...bom “esquecidos” não é propriamente o termo.Na verdade esses atores amargavam o fundo do poço !


Robert Downey Jr.e Mickey Rourke,levantaram e poeira e mostraram ao mundo que são atores de primeira grandesa.Dawney Jr.(Chaplin) assume a missão de lavar para as telas os quadrinhos do Homem de Ferro(Iron Men),seu primeiro protagonista depois de anos.E não parou por ai alem de estrear essa boa aventura,Robert Dawney Jr.fez muita gente rir no hilario Trovão Tropical,atuação que lhe rendeu uma indicação a melhor ator coadjuvante.Depois desses trabalhos a carreira do ator voltou aos bons tempos.

Mas não é sobre Downey Jr que resolvi falar hoje.Recentemente comprei um filme no qual me agradou muito,O Lutador(2008),com Mickey Rourke(9 semanas e ½ de amor) no papel de Randy "The Ram" Robinson ou “O Carneiro” para os intimos,rs.Rourke foi considerado um dos maiores nomes dos anos 80 tanto por sua beleza como por seu talento.Mas ai os anos passaram,os escândalos vieram,uma operação plastica mal sucedida multilou seu rosto e então Rouke decidiu abandonar a carreira de ator e se dedicar ao boxe.

A virada de mesa poderia ter ocorrido em Sin City (2005),mas não ocorreu.O Lutador como eu disse,conta a história de Randy “The Ram” Robinson um lutador de vale-tudo famoso dos anos 80 que amarga o esquecimento no tempo presente.Os dias são dificeis para o personagem de Rouke,vivendo em uma quitinete(onde o aluguel sempre esta atrasado devido ao pouco que ganha nas lutas que participa),o personagem é uma especie de avó para os novos lutadores,querido e respeitado por eles.As lutas são impressioantes,Rourke chega a se cortar de verdade em algumas cenas,tamanha a entega do ator ao personagem.Se as lutas são primorosas,o que dizer das cenas fora do ringue como a que Rourke aparece trabalhando no balcão de um supermercado...uma palavra resume:Tocantes.

Rourke dá um show e o diretor Darren Aronofsky ( Fonte da Vida) sabe disso e resolve filmar como nos velhos tempos,câmera na mão e pronto.O estilo empregado pelo diretor deve-se muito ao pouco dinheiro posto no filme.No seguir do enredo o “The Ram” sofre um infarto devido a forte uso de anabolisantes.Impossibilitado de lutar por sofrer de problemas cardiacos “The Ram “ esta decidido dar um novo rumo a sua vida como : reencontrar sua filha(Evan Rachel Wood),encontrar um amor;ai entra a stripper vivida por Marisa Tomei (ousada) – o personagem de Rouke parece finalmente dar a volta por cima.Mas esse não é um filme de superação,e sim de causa e consequência.”The Ram” é o heroi e o vilão de sua propria história,ou como ele mesmo disse “Um pedaço moido de carne”.

O roteiro de Robert D Siegel é primoroso,os dialogos são de levar qualquer um as lagrimas,principalmente os de “The Ram” com sua filha,e o que dizer do dialogo final,antes da luta com seu rival Aiatolá (Ernest Miller).Pra quem curte anos 80 como eu,a trilha sonora e pra roqueiro oitentista nenhum botar defeito. O Lutador e uma obra prima e por que não uma metafora da vida de Rourke,doa a quem doer!

Curiosidades:

Mickey Rourke viverá o vilão na sequência de o Homem de Ferro 2,ou seja estará frente a fente com Robert Downey Jr.

Mickey Rourke viverá o pai do bárbaro no próximo filme do Conan,dirigido por Marcus Nispel

Rourke foi indicado paro Oscar de melhor ator em 2008 e Marisa Tomei ao de melhor atriz coadjuvante

Rourke venceu o Globo de Ouro de melhor ator genero DRAMA

Trailer do filme:

http://www.youtube.com/watch?v=PvCPRebf_Uk

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Cinema no Maranhão

O Maranhão teve seus primeiros contatos com a sétima arte no inicio do século XX. O fascínio ira nascer através do contato com os primeiros aparelhos de projeção, os cinemas ambulantes. Em São Luis, esses aparelhos proporcionavam lazer, levando o espectador a conhecer outros povos e culturas totalmente distintas da sua. O sucesso foi tão grande que as apresentações de filmes foram incluídas na noite de adesão do Maranhão à Independência do Brasil.
O cinema, então visto como linguagem revolucionária e universal, não poderia ficar de fora da festa onde foram oferecidos, aos participantes, recitais de piano e homenagens literárias. Sem dúvida a exposição de filmes foi a grande atração da noite, participando do ato final desta celebração, como afirma o jornalista Marcos Bastos.
Já em 1906, aparece a figura do senhor Rufino Coelho Junior, considerado o primeiro cineasta maranhense. O sr. Rufino apresentava seus filmes primeiramente no Teatro São Luis, em seguida mudou as projeções para o Largo dos Remédios,onde eram concorridíssimas pela população ludovicence que aguardava ansiosa por seus filmes.Com Coelho Junior nascia a cinematografia maranhense.
No seguir dos anos as projeções foram ganhando caráter mais profissional. Os locais onde ocorriam passaram a ser fixos, graças ao Ideal Cinema (1910), ganhando então, a preferência do público. Aos poucos a arte cinematográfica passa a fazer parte do cotidiano dos maranhenses. É do Ideal o primeiro Cine jornal, que se tornou um sucesso na Atenas Brasileira. O Ideal revolucionaria ainda mais trazendo ao Maranhão, em especial à capital, os primeiros filmes com enredo.
O cinema então passa não só a fazer parte, como também registrar o cotidiano da ilha, filmando procissões; políticos tomando posse de cargos públicos. Por falar em registros de políticos, a pedido do amigo José Sarney, Glauber Rocha, um dos mais importantes cineastas brasileiros, registra a cerimônia de posse do então governador eleito. O documentário Maranhão 66 é uma das mais importantes películas brasileiras, acrescida ao filme Terra em Transe, do diretor baiano.
A década de 70 foi de fundamental importância para a cinematografia maranhense. Sem dúvida esse é o período onde a produção de filmes ganha corpo e nomes importantes como Murilo Santos e Euclides Moreira Neto. Surgem no cenário local, com os chamados “cinemas engajados”, películas de forte cunho social. Murilo Santos herdou o gosto pelas artes do pai. Em 1975, através da Coordenação de Extensão e Assuntos Comunitários (CEAC), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), participou da criação do cineclube universitário – chamado tempos depois de Uirá.O cineclube tinha o objetivo de incentivar a produção cinematográfica da época a partir dos aspirantes a cineastas.
O Uirá ganha novos adeptos, no decorrer dos anos, através de festivais onde são expostas suas películas. Murilo Santos passa a se destacar ganhando importantes prêmios e participando de conceituados festivais. Seus filmes geralmente retratam festas tradicionais e a vida do citadino, como no famoso documentário “Pregoeiros de São Luis” - película que fala da vida dos vendedores ambulantes na capital.
Atualmente, com o intuito de incentivar a produção cinematográfica regional, é realizado o festival “Maranhão na Tela”. Neste festival são exibidos filmes e documentários locais, além das melhores películas do circuito nacional, com a participação de cineastas e atores de diversas partes do Brasil. Além das exibições, são também oferecidas, para os participantes, oficinas de roteiro e edição para os amantes da sétima arte.

Referências:
Marcos Fábio Belo Matos. Os PRIMEIROS FILMES MARANHENSES. 2007
www.redealcar.jornalismo.ufsc.br/cd4/audiovisual/m_matos.doc
1
A greve de 79 e os primeiros passos do cinema no Maranhão1: Uma super 8 na mão e uma idéia de rebelião.
Izabella Lima PINHEIRO2
Lorena Lima Nascimento RIBEIRO3
Nayara Chaves FERREIRA4
Thaís Verena Carneiro ARRAES5
Franklin DOUGLAS6
Universidade Federal do Maranhão, São Luís, MA.
www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2008/.../R12-0242-1.pdf