Karate Kid

Confesso que fiquei surpreso no final da sessão de Karate Kid – remake de Karate Kid: A Hora da Verdade (1984) – pois fui com ao cinema com um ar de desconfiança. Mas não é que a nova versão conseguiu não só o respeito de alguns fãs do clássico dos anos 80 como arrebatar novos pelo mundo a fora. Tanto que a Columbia Pictures,distribuidora do filme, já pensa em uma continuação para a película.

Quando noticias do filme foram divulgadas muita gente torceu o nariz. E eu ate entendo por que fui um dos que criticou algumas mudanças na obra. Primeiro, por que o filme se chama Karete Kid se a arte marcial principal do remake é o kung fú?Respondo: não dá pra adotar o karate – uma arte marcial não tão plástica e bonita de ver – para espectadores acostumados com Matrix e suas lutas incríveis. Segundo por que mudar tanto as características dos personagens, de descendente de italianos para um garoto negro do subúrbio, de japonês ex- combatente na guerra para um chinês eu faz serviços gerais? Respondo, repetir a mesma ladainha não adianta e outra coisa algumas narrativas de referencia dos anos 80 não funcionam hoje.

O filme conta a história de Dre Parker (Jaden Smith) jovem negro do subúrbio americano que se muda com a mãe para China. O jovem não parece muito entusiasmado tanto que não tem interesse em aprender a língua local. Ao chegar no pais fica encantado por uma jovem chinesa em uma praça em Pequim.A partir desse flerte correspondido passa a ser perseguido por um grupo de meninos que lutam kung fú.Ai que entra o Sr.Han (Jackie Chan),um faz tudo do prédio onde Dre vive.Han ensina o jovem kung fú para a grande disputa em um torneio de artes marcias afim de acabar com as perseguições contra o menino.

A película tem cenas de tirar o fôlego, nos mais conhecidos e desconhecidos cartões postais da China. O filme assim como o original dos anos 80 não foca na luta em si, mas na disciplina e amizade que mestre e discípulo adquirem com o tempo de ensinamentos. E esta ai a grande magia que não se perdeu de 26 anos pra cá. Jaden dá uma profundidade a Dre que Macchio não consegui – por ser péssimo ator – a Daniel-San.Com um carisma herdado do pai Will Smith o garoto consegue transitar pelo campo da comedia e do drama sem menor dificuldade.Já Chan aproveitou a oportunidade e mostrou aos ocidentais que é um grande ator e não um canastrão que sabe artes marciais que estamos acostumados a ver nos seus últimos filmes.O Sr. Han de Jackie é uma nova criação,não uma roupagem do Sr. Miyagi de Morita.Sempre preciso Chan entrega uma atuação emocionante.Quem sabe não vem uma indicação para o Oscar ai.

A única coisa desconfortante do filme são as lutas do campeonato. Às vezes rápidas e sem emoção, mas nada que Jaden e Chan não consertem com uma sintonia mesmo não estando no mesmo plano da cena. Karate Kid venceu mais uma batalha e se tornou o filme surpresa do ano.

Bom filme!

Tron: O Legado

Sam Flynn,em um dos cartazes do filme

Bom, o verão americano chegou ao fim e a maioria dos grandes filmes ou os mais aguardados também. Mas tem um filme que eu posso garantir que será uma das grandes surpresas desse ano. Tron O Legado chega com status de filme grande arrebatando fãs a cada noticia que surge sobre a película. E não é à toa.
Depois do grande sucesso do primeiro filme na década de 80 – intitulado Tron com Jeff Bridges – pra quem não se lembra desse clássico vou contar um pouco do que se trata a película. Enquanto acessa o computador de sua ex-empresa para tentar provar que fora trapaceado por outro executivo, o programador de computadores Kevin Flynn (Jeff Bridges) é levado literalmente para dentro do mundo virtual. Transformado no programa Clu, se junta aos gladiadores computadorizados entre eles Tron(Bruce Boxleitner) e tem que enfrentar o programa especializado em segurança PCM(Programa de controle mestre), interpretado por David Warner .
O filme foi um dos primeiros a utilizar computação gráfica sendo sinônimo de película Cult. Os anos se passaram sem que uma continuação fosse levada a frente. Ate que em 2009 a Disney oficializou que a franquia estava de volta sobre o comando de Joseph Kosinsk e com Jeff Bridges reprisando seu papel homônimo. O filme se passa anos depois quando Sam Flynn (Garrett Hedlunt ),promissor gênio tecnológico resolve buscar pistas de seu desaparecido pai (Bridges).A partir daí ele se vê envolto no mesmo mundo virtual de gladiadores onde seu pai reside a 25 anos.Vale conferir também a trilha sonora do filme que ficou a cargo do grupo eletrônico Daft Punk.
O filme estréia em 3-D e 2-D no dia 17 de dezembro. Vale aguardar, comprar o ingresso e ir para primeira fila.